Entrevista com Irlando Ferreira

ARTE / ARTESANATO / DESIGN

Irlando Ferreira é mestre em Gestão e Estudos da Cultura, pelo ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, e licenciado em Teatro, ramo de Produção Teatral / Cultural, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Lisboa. Tem uma larga experiência como produtor de atividades artísticas, tendo colaborado, entre outros, com o Teatro Nacional D. Maria II e os Artistas Unidos, em Portugal e com a companhia de teatro clássico – The Antaeus Company, North Hollywood, USA. É autor, do livro «Cabo Verde, Economias Criativas, que Benefícios para o País? », sendo o conceito de economia criativa, ao qual subjaz a ideia da arte e a cultura como o capital da economia do futuro, um dos seus princípios orientadores. Nesta entrevista, Irlando Ferreira reflete sobre a missão do CNAD, realçando a sua importância para a criação de um imaginário simbólico constitutivo da identidade cabo-verdiana, o qual encarna nas figuras dos seus fundadores. Neste contexto, a panaria tradicional teve um papel fundamental, tendo sido a partir desta que foi criada a tapeçaria cabo-verdiana que une, de uma forma original, a arte contemporânea e os saberes artesanais tradicionais do arquipélago. O diretor do CNAD faz também um balanço do percurso desde o início do seu mandato em 2015, no qual estabeleceu um conjunto de etapas faseadas para estimular, de uma forma sustentada, a preservação dos saberes artesanais tradicionais e promover a sua inovação, através do que denominou Laboratório Experimental de Artesanato e Design – LEAD, do qual faz parte uma rede inter-ilhas de laboratórios experimentais de artesanato e design.

A tapeçaria faz parte do projeto de renovação da Cooperativa Resistência quando começou, em 1976, com Manuel Figueira, Luísa Queirós e Bela Duarte. Em que estado é que se encontra, atualmente, a produção e formação dos artesãos ligados ao CNAD na área da tapeçaria e da panaria?

A nível do CNAD, esta nova fase desde 2015 para cá, desde que tomei a responsabilidade de diretor do CNAD, foi sobretudo dedicada a criar as condições que nos pudessem permitir um trabalho no setor do artesanato e do design de forma organizada, com uma visão clara e objetivos estruturados. Naturalmente,  durante este período, que ainda não completou cinco anos, não se consegue pôr a mão em tudo. Digamos que a panaria cabo-verdiana, sobretudo a panaria tradicional, teve um papel fundamental em tudo aquilo que foi o trabalho feito pelo núcleo que fundou, em 1976, a Cooperativa de Produção Artesanal Resistência, que posteriormente, veio a desembocar no CNA (Centro Nacional de Artesanato), atualmente designado Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD), desde a sua  reestruturação em 2018. Esses artistas plásticos imbuídos de um sentido de missão, foram para as ilhas fazer o levantamento do que se fazia pela via da arte ou da arte popular a fim de conseguir a matriz para trabalhar um pensamento relacionado com a afirmação da identidade de Cabo Verde pela via da sua cultura, sobretudo da cultura popular, não a cultura de elite.

Fig. 1 e 2 – Pano de obra cabo-verdiano

E é nessa sinergia de ideias que a panaria veio a ter um papel fundamental no trabalho realizado pelo CNA. Porque, além do levantamento e da recolha que fazem nas ilhas, sobretudo na Ilha de Santiago, estes artistas trouxeram estes artesãos para o CNA – sendo de salientar a importância de Nhô Damásio, considerado por Manuel Figueira um dos maiores tecelões de sempre. Deste modo, em conjunto, traduziram uma linguagem – que, até à data, passava do saber do artesão diretamente para a feitura – para uma linguagem plástica cuja metodologia podia ser transmitida para outros aprendizes vindo estes, consequentemente, a tornar-se, no futuro, pessoas capazes de realizar aquele tipo de pano, sobretudo o pano de obra (fig. 1 e 2). Dessa geração, destacam-se, entre outros, o Marcelino dos Santos, o João Fortes, a Joana Pinto. Numa fase posterior, houve uma geração ainda mais nova que também aprendeu essa técnica e esse saber. Foi nesta conjuntura que a panaria cabo-verdiana se tornou a base a partir da qual se criou a tapeçaria cabo-verdiana (fig. 3 e 4), a qual é única e não existia antes desse núcleo de artistas e artesãos.

Fig. 3 e 4 – Tapeçaria, João Fortes.

Este núcleo partiu da panaria para desenvolver a linguagem da tapeçaria? Daí a semelhança técnica, como, por exemplo o uso de teares em tira…

Sim, por isso usam teares e as bandas, ou seja, digamos que a tecnologia do uso do tear é a mesma, o modo de fazer é o mesmo, o que muda são os conteúdos: enquanto que na tapeçaria há que encontrar uma conceção plástica e estética, a qual é traduzida através de desenho e de um linguagem pictórica, na panaria recorre-se a padrões de forma geométrica fixos previamente e que se repetem em cada tecido. É importante compreender essa base para depois entender todo o caminho que se fez e partir daí. Após essa fase, e após o momento posterior em que o CNA foi extinto enquanto instituição, em 1997, restou no setor um vazio grande. No entanto, os tecelões continuaram a fazer esse tipo de panaria, mas já a panaria mais complexa, o pano de obra, foi-se perdendo com o tempo. Os panos que hoje se encontram são panos mais simples. É muito raro atualmente o pano de obra da forma que era feito, com algodão cardado tingido com indigo ou tintinha como se designa e depois tecido. Temos, assim, em mão a urgência no sentido de manter essa matriz: esse é o projeto que o CNAD tem em desenvolvimento e que está dividido em várias fases. A primeira é a certificação das técnicas tradicionais de forma a conseguir balizar os parâmetros que definem a panaria cabo-verdiana. Esta certificação, incentivará quem realiza a panaria e que, no fundo, é a sua base. A segunda é incentivar outras interpretações, ou seja, pegar nessa matriz enquanto elemento de exploração do ponto de vista estético, conceptual e técnico. Foi o que fizemos, por exemplo, no concurso de design BOKA PANU: a partir da padronagem da panaria cabo-verdiana, convidámos os criativos a lançar um novo olhar sobre o Panu di Terra e a partir daí criar conceptualmente peças com base nessa padronagem (fig. 5 e 6). Surgiram resultados realmente extraordinários, sem falsa modéstia, os quais mostram que, efetivamente, a partir dessa padronagem tão rica poderá fazer-se vários outros desdobramentos na arquitetura, no design e em outras linguagens às quais essa padronagem poderá servir de base. Essa, a meu ver, na atualidade, é uma das ações mais consistentes, pois extravasa a ideia da panaria confinada ao universo, por vezes estático, bidimensional dos têxteis, lança-se um outro olhar, permitindo que quem esteja a trabalhar na criatividade, sobretudo em Cabo Verde, olhe para essa riqueza com uma outra atenção, o que, a meu ver, é o papel do CNAD. O CNAD tem como missão criar espaço para a experimentação; preservar essa herança histórica e cultural que é a panaria e preservar, sobretudo, através da certificação. Nesta linha, vamos desembocar num outro projeto que está na base do projeto fundador do CNAD e que consiste numa rede, que designamos LEAD – Laboratório Experimental de Artesanato e Design que irá ser implementada na fase posterior. O objetivo é que em cada município onde haja uma maior incidência de uma técnica, trabalhar a partir dessa técnica. Suponhamos que temos um LEAD em Santa Catarina, por exemplo, e decidimos pegar na panaria cabo-verdiana. A partir daí, iremos trabalhar na manutenção dessa matriz, explorando todas as possibilidades que essa matriz permitir desenvolver. Por um lado, estaremos a formar e, por outro, a preservar essa matriz experimentando outras dimensões de modo a que essa também não pereça com o tempo. É, assim algo análogo à proposta do concurso Boka Panu, que lançou o desafio de transpor a matriz do Panu di Terra para outros suportes, pois se ficarmos só naquela matriz tradicional, essa matriz pode – não digo desaparecer – mas enfraquecer devido à idade de quem a faz. Se nós criarmos de forma inteligente e sustentada condições para que novos fazedores peguem nessa base do ponto de vista da investigação, do fazer, , acredito que é possível continuar a desenvolver.

Fig. 5 e 6 – Peças realizadas a partir da padronagem do pánu di téra no âmbito do concurso de design BOKA PANU, 2018,. À esquerda Spotlight, candeeiro, Anayka Bettencourt e Stephanie Oliveira; à direita, Benkinp´uvi morna (banquinho para ouvir morna), Bento Oliveira.

Os LEADs fazem parte do que denominou “Laboratório Experimental”?

Sim, os LEADs têm uma componente de formação para jovens, de produção e, também de escoamento, ou seja, uma rede de lojas a nível nacional, sendo que  a loja mãe, será a do CNAD, que está atualmente em requalificação. É um pensamento integrado, por isso referi, logo de início, que era preciso assentar o projeto numa visão clara, para depois iniciar a sua materialização. Neste momento, já estamos com mais de 60% do projeto-base devidamente consolidado – porque o projeto é até 2021, o nosso período temporal é de 5 em 5 anos, médio/longo prazo – e  acreditamos que em 2021 teremos fechado este ciclo. A partir daí, continuaremos a dedicar-nos ao desenvolvimento dos fazeres que entrelaçam o artesão à arte e ao design, pois o CNAD hoje é um instituto público que tem por missão o desenvolvimento desses fazeres.

Falei com o artesão João Fortes, ex-funcionário do CNA, , formado por Manuel Figueira, existe atualmente uma geração nova que, como ele, trabalha a tempo inteiro para o CNAD?

Esse modelo adotado pelo CNA no seu início já não existe: o CNAD já não funciona como um centro que emprega artesãos e onde há um espaço de formação e produção a tempo inteiro. Atualmente, o projecto do CNAD prevê um centro de investigação, uma biblioteca e um centro de formação. O que vai substituir esse formato anterior do CNA serão os LEAD, não numa perspetiva só do Centro com sede em Mindelo, mas a nível nacional. Como referi de início, para não ser algo que nasça já frágil, todos esses projetos requerem uma definição muito clara dos objetivos para poderem ter continuidade, pois a sua realização é muito exigente, tanto do ponto de vista das condições financeiras como logístico. Um projeto pode ser bonito idealmente, mas sobretudo, tem que ter consistência a vários níveis, caso contrário não poderá ter seguimento. Posso dizer que tudo aquilo que projetámos, até à data, conseguimos materializar.

Têm sido um sucesso, parece-me a mim, as várias edições da URDI – Feira do Artesanato e do Design de Cabo Verde. Pelo que percebi, há um tema geral, há um concurso e, paralelamente, algumas residências em que se convidam os criadores, como, entre outros, RENDA BRAVA e TEADA, em 2018 e REPIKA e RACORDAI, em 2019.

A URDI é um momento do ano em que conseguimos convocar para dentro do fazer o máximo de criativos possível, não só nacionais como internacionais. Começa com o concurso de design, passa pelo fazer nas oficinas, aqui temos uma troca entre quem projeta, quem executa e a equipa que coordena. Então, cria-se uma consciência do potencial existente e de que forma é que é possível solucionar as ideias e transformá-las em algo palpável. Se quisermos, o próprio concurso é, em si, uma residência criativa, porque as peças vencedoras depois são executadas por artesãos, oficinas, todas locais, criando um espaço de residência em termos criativos nessas oficinas, ateliês e por aí adiante. Mas também temos as residências em que nós convidamos, geralmente, um ou dois designers a trabalhar uma temática. No ano de 2019, o tema da URDI era a música. Então, na residência criativa Tambor d ´Ilha, reunimos os tamboreiros das diferentes ilhas – José Miranda e Bartolomeu Reis, de Santo Antão, Sebastião Monteiro e Vladimiro Dias, do Fogo e Adalberto Graça da Brava – com a designer Eneida Lombe Tavares, fig. 7 e 8. Ao proporcionar um espaço de relacionamento entre os próprios tamboreiros – os quais antes não se conheciam – e entre os tamboreiros e a designer, provocamos um design relacional, dialogando com os artesãos numa linguagem que eles não conheciam, o design. Procurámos lançar o desafio de
como, a partir do fazer do tambor, é possível melhorar alguns aspetos. Também convidámos um grupo de designers mais jovens e um sénior para trabalhar sobre o racordai – um instrumento musical cabo-verdiano –, fig. 9, 10 e 11, e tivemos o concurso de design “REPIKÁ, a Música como matéria criativa”, que desembocou no Salão Created in Cabo Verde de 2019 e, futuramente, no catálogo. Todas estas iniciativas desembocam sempre posteriormente num catálogo, porque além do fazer, temos, também, que registar o conhecimento porque senão corremos o risco de estarmos sempre a inventar a roda e não produzirmos conhecimento para o futuro.

Fig. 7 e 8 – Peças resultantes da residência criativa Tambor d´Ilha

Os designers que ganharam puderam, então, fazer um protótipo?

Sim, são depois esses protótipos que dão corpo ao Salão.

Fig. 9, 10 e 11 – Peças resultantes da residência criativa Racordai, URDI, 2019. Da esquerda para a direita: Cara D´Jorge, Oficina Miranda; Sone Profund, Atelier Djoy Soares; Flacidez da memória, Atelier Djoy

E quando vão implementar a venda dos protótipos?
Essa será uma outra fase. Os nossos objetivos estão faseados por etapas: primeiro, os concursos, em segundo, a execução das peças, em terceiro o Salão Created in Cabo Verde, em quarto, o catálogo e, finalmente, em quinto, a colocação dessas peças à venda. Mas essa última fase é mais demorada porque temos que ter uma rede de distribuição. Agora a sede do CNAD está em obras e apenas após essa fase é que vai ter condições para albergar as coleções dessas peças e colocá-las à venda. Trabalhamos para daqui 15/20 anos.

Agora estão a terminar o ciclo de 2015-2020, certo?

Sim, a primeira fase desse ciclo, que está agora a ser implementada, é a criação de todas as bases de implementação de todos os projetos. A segunda fase é a maturação de tudo isso. Esperamos, na fase seguinte já estar a criar riqueza para o setor e para Cabo Verde. O objetivo final é que o artesanato e design sejam efetivamente uma indústria economia criativa que traga riqueza para os artesãos e para os designers e que consigamos criar aqui um tecido forte, capaz de dar resposta para Cabo Verde e não só.
Só assim é que se consegue que o artesanato também sobreviva, porque se os artesãos não tiverem rendimentos, depois, vão dedicar-se a outras atividades…
Sem dúvida, por tudo isso essas coisas têm que ser pegadas com cabeça, tronco e membros, caso contrário não vão a lado nenhum. É nisso que nós acreditamos e é nessa base que temos trabalhado.

O desenvolvimento de produto aqui em Mindelo é algo que começou sobretudo com a URDI?

Por uma questão de justiça, não limitarei essa exploração do design de produto à URDI ou ao trabalho actualmente desenvolvido pelo CNAD. Já tem havido explorações do design de produto do Atelier Mar, a partir do M_EIA (Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura) e também do CRIE (Criando, Inovando e Empregando: Cultura, artesanato e turismo, novas dinâmicas na economia criativa), entre outros: é um processo em continuidade. Também não é correto chamarmos esse momento só para nós porque se hoje é possível fazer esse concurso de design e pôr toda essa massa crítica a funcionar é também porque existiu uma Cooperativa Resistência, um Atelier Mar, existe um M_EIA. Face ao que já vinha sendo trabalhado no M_EIA, nós vimos que havia condições – tanto do ponto de vista da matéria como de pessoas que possam dar corpo a essa visão – para lançarmos esse desafio. Não podemos analisar o desenvolvimento do artesanato e o design e as artes em Cabo Verde sem ter em conta todo este processo. Nós simplesmente estamos a fazer a nossa caminhada, depois chegará uma outra geração que dará – ou não – continuidade ao que estamos a fazer. Nós fazemos todos parte desse corpo que se vai formando e fortalecendo ao longo do tempo, dependendo, às vezes, também, das apostas políticas que se vão fazendo, porque não podemos esquecer que se podemos agora criar esse espaço é porque também há uma aposta grande do Governo de Cabo Verde. Nós, enquanto gestores, podemos propor um mundo, mas temos que ter a validação de quem nos tutela para depois arranjarmos condições financeiras e logísticas para materializarmos aquilo que colocámos sobre a mesa.

Podia falar-me um pouco na residência criativa Renda Brava realizada na 3.ª edição da URDI, em 2018?

Na Ilha Brava há um fazer da renda que é muito característico, a ideia foi pegar nesse fazer e desenvolvê-lo enquanto produto e marca daquela região. Daí, fizemos a residência Renda Brava no ano passado com o objetivo de dar continuidade a esse trabalho. Nessa residência, houve uma designer sénior e duas jovens designers a trabalhar com o artesão João Fortes – Joana Campante, Karine Patrício e Risilene Fortes – as quais trabalharam depois com as rendeiras – Adelina de Pina, Amélia Ramos, Arsénia Dias, Bela da Lomba, Carolina Lopes, Helena Pina e Queila Lopes. Essa colaboração desembocou numa exposição. O objetivo era experimentar o potencial desse fazer. Agora estamos a trabalhar num projeto de base mais a fundo, já tivemos uma equipa no terreno a fazer um levantamento das matrizes para trazerem para a oficina para, posteriormente, a partir daí, propor novas traduções da renda brava. É um trabalho sempre feito numa colaboração entre os designers e as rendeiras e está a ser feito de raiz, pois não temos exemplos de outras interpretações da renda brava…

Qual é, então, a característica da renda da Ilha Brava?

É um fazer quotidiano, só que na Ilha Brava, sempre tivemos esse imaginário, essa memória da renda. Nós pegámos na renda da Ilha Brava porque há aí, efetivamente, uma comunidade de rendeiras bastante importante sendo um fazer que remonta há bastante tempo. Há também umas figuras que são realizadas, agora estamos a fazer um estudo efetivamente dos desenhos de onde partiram para poder chegar a uma proposta que é desenhada no sentido de catapultar esse fazer para um outro domínio.

O que significa “URDI”?

Nós habituámo-nos a chamar a URDI a um movimento de pessoas, pensamento e ação. “URDI” significa , idealizar, planear, fazer, construir. No contexto do artesanato, a urdidura é a base onde nasce e depois é tecida a trama. Do ponto de vista da sua radicula, tem o planear, fazer, construir. Não acreditamos muito em ideias mirabolantes, grandes ideias e pouca ação. Nós podemos ter ideias pela manhã e pela noite, mas se não nos sentarmos um minuto a concretizá-las, elas são vãs. Então, o nosso foco é fazer com base num pensamento muito bem refletido e com uma consciência muito clara do que projetamos fazer: é esse que tem sido o nosso trabalho e por isso temos tido resultados. Neste contexto, “Urdir”, tem todo o sentido para nós, pois estamos a urdir pensamento e ações, urdindo o futuro. Essa palavra é muito feliz porque tem sempre o sentido da ação; estamos a urdir, estamos a fazer, é um processo que não tem fim, é o nosso mantra, se assim quiser.