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Inovação, arte e design:
arquipélagos criativos
emergentes no Atlântico pós
colonial lusófono

Estas entrevistas resultam do estudo de campo, ainda em processo, efetuado nos arquipélagos de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Açores e Cabo Verde no âmbito de um projeto de pós-doutoramento, apoiado pela Fundação da Ciência e da Tecnologia (SFRH/BPD/108392/2015), iniciado a 1 de Setembro de 2016  com termo previsto a 1 de Setembro de 2019, que visa explorar as relações entre a arte o design e artesanato no contexto pós-colonial lusófono. O termo “lusófono” o termo é aqui utilizado meramente para referir um espaço transnacional multicultural de diversas subjetividades que partilhou uma história e partilha a mesma matriz linguística, procurando pôr de parte qualquer resquício saudosista de exotismo pós-colonialista (Huggan, 2001).

A ideia principal do projeto é de que o pós-colonialismo e a globalização implicaram a criação e a reconfiguração de ilhas e arquipélagos, geográficos e mentais formadas pelos movimentos migratórios implicando outra forma de pensamento e de registo da memória, e, portanto, de conceção do território e do tempo que se manifesta nos domínios da arte, do design e do artesanato. Por um lado, este projeto procura, através da análise comparativa dos processos criativos na área da arte e do design analisar os pontos em comum entre estes três domínios e compreender o modo como o pós-colonialismo e a globalização implicaram o redesign das paisagens urbanas e mentais e as políticas culturais subjacentes; por outro, procura mapear de uma forma não-linear os processos criativos nas ilhas, geográficas e mentais, no contexto pós-colonial lusófono e estimular a produção teórica sobre práticas interdisciplinares emergentes na área do design, da arte e do artesanato. Assim, através de entrevistas aos diversos agentes destas áreas pretende-se partilhar dados que permitam analisar o processo criativo e o contexto em que decorrem os processos criativos, as encomendas e as implementação dos projetos, procurando fomentar a interdisciplinaridade  e a criação de nexos dinamizadores de arquipélagos sinergéticos.

Huggan, G.(2001) The Postcolonial Exotic. Marketing the Margins. New York: Routledge

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