O STUDIO surgiu na sequência do trabalho que tenho desenvolvido desde 2004 na área do design e da confeção. No ano passado, surgiu a oportunidade de abrir um espaço em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira que foi feito de raiz por nós. A ideia é de expor artigos diferenciados para o público porque também gosto de fazer outro tipo de coisas.
Já há algum tempo que tenho a intenção de incorporar os bordados nas peças e agora, com as infra-estruturas que foram criadas e com a empresa que foi montada, tornou-se, também, mais fácil pedir apoios. Este projeto que estou a desenvolver agora, Legacy– uma pequena coleção de oito peças- é apoiado pelo CRAA [Centro Regional de Apoio ao Artesanato].
No entanto, eu já trabalhava desde 2004, data em que fiz o meu primeiro desfile e tenho atelier aberto desde 2010.
Já tinha feito um design para um concurso para uma marcha que já envolvia bordados e, agora, com o STUDIO, quero aperfeiçoar. Já fiz um vestido de noiva, fiz as t-shirts e tenho agora este projeto para desenvolver.
Os bordados surgiram porque eu acho que têm uma riqueza enorme e devem ser trazidos para quotidiano para não morrerem. As pessoas utilizam muitos bordados açorianos em ocasiões festivas muito raras, como para vestidos de batizado, mas não para peças do quotidiano ou de festa. Portanto, eu acho que podem ser reatualizados, aplicados em novos tecidos, com novas cores e novos modelos. A ideia é essa: divulgar e não deixar morrer os bordados. É trazer o que é nosso para a contemporaneidade e também fazer o que gosto, estar em linha com o que tenho vindo a fazer até agora.