Entrevista a Pascoalina Borges
ARTESANATO
A oleira Pascoalina, de 84 anos, conta o modo como aprendeu a olaria e como essa atividade era, na altura, muito importante na região: cada casa tinha uma oleira, no sábado fazia-se a queima, no chão, para vender as peças no domingo. Vinham muitas pessoas do interior para comprar as peças – jarras, bandejas e pratos, entre outros − que, na altura, eram utilitárias e também, frequentemente, usadas em cerimónias, como casamentos e batizados, sendo que, por vezes, o comércio se baseava na troca. Atualmente, produzem-se sobretudo pequenas peças para decoração e há poucas jovens que se interessem por aprender a profissão que é muito árdua. Relata também a formação que deu em Portugal, organizada pela artista plástica Virgínia Fróis, em 2014, tendo desde o regresso, cessado a atividade.